Apresentação em robótica artística Z1, performance, oficinas ou residências do robô Zequinha, dotado de diversas IAs (Inteligências Artificiais), que junto aos seus convidados especiais apresenta, de forma divertida, o tema ‘Robótica Artística e as Inteligências Artificiais” com vídeos e muita interação através dessas tecnologias.
Sobre Z1
Z1 é um robô carismático, palestrante sabido, capaz de disparar vídeos e áudios, fazer buscas na internet, dotado de visão computacional, capacidade de comunicação sobre os mais diversos assuntos, memória de sua própria existência, capaz de falar ou traduzir diversos idiomas, fazer o reconhecimento facial e manter a identificação da pessoa, lembrar compromissos, gerar imagens, assumir comportamentos de acordo com a faixa etária do usuário identificada por ele, entre muitas outras habilidades.
Sobre o inventor | Saulo Dansa
Músico, empresário e inventor, cursou Música e Engenharia Elétrica. Depois de atuar com grandes nomes da música brasileira trabalhou como empresário e desenvolvedor de equipamentos industriais principalmente na área de polímeros. Atualmente se dedica ao desenvolvimento de tecnologias para museus e espaços culturais, robótica artística e projetos de divulgação científica e inteligências artificiais.
Rio Innovation Week 2024
Assista a entrevista com Z1 Zequinha
Inteligência Artificial e Educação
Kai-Fu Lee, renomado especialista em IA, destaca o progresso vertiginoso alcançado nas últimas décadas. Ele aponta que a inteligência artificial passou de um campo acadêmico para um fenômeno ubíquo, moldando as indústrias e a sociedade. Lee ressalta que a China, onde reside, emergiu como um centro de inovação em IA, impulsionado pela combinação de investimentos maciços, talento local e dados abundantes. Ele prevê que a IA continuará a se expandir e desempenhar um papel cada vez mais significativo em várias áreas, como saúde, transporte, finanças e entretenimento.
Stuart Russell, autor do livro “Inteligência Artificial: Uma Abordagem Moderna”, enfatiza a importância de garantir que a IA seja projetada e desenvolvida de maneira a beneficiar a humanidade. Russell adverte sobre os riscos associados à IA mal projetada, especialmente a possibilidade de algoritmos enviesados, falta de transparência e potencial perda de controle humano. Ele defende uma abordagem ética para a IA, onde a segurança, a justiça e a responsabilidade são fundamentais.
Ambos os especialistas concordam que a educação desempenha um papel fundamental na construção de um futuro sustentável para a tecnologia. Em um mundo cada vez mais impregnado de IA, é essencial que as pessoas sejam capacitadas para entender, utilizar e questionar a tecnologia. A educação em tecnologia deve ser acessível e abrangente, garantindo que os indivíduos estejam equipados para participar ativamente da criação e da governança da IA.
A importância da educação na área tecnológica é dupla. Em primeiro lugar, pessoas profissionalmente qualificadas em IA são necessárias para impulsionar a inovação contínua e garantir que a tecnologia seja aplicada de maneira ética e responsável. Em segundo lugar, a educação em tecnologia permite que as pessoas se tornem cidadãos e consumidores informados e críticos da IA compreendendo seus benefícios, riscos e limitações.
Portanto, no cenário atual, é crucial investir na educação em tecnologia, abrangendo desde as habilidades básicas de programação até a compreensão dos princípios éticos, culturais e sociais da IA. Dessa forma, asseguramos que a inteligência artificial seja desenvolvida e utilizada para promover o bem-estar humano, impulsionar a inovação e mitigar possíveis consequências indesejadas. A educação se torna um elemento fundamental para capacitar indivíduos e sociedades a enfrentarem os desafios e aproveitarem os benefícios da inteligência artificial de forma responsável e ética.
Atualmente, o uso das tecnologias emergentes e das mídias tem sido essencial para que diversos coletivos e artistas se articulem. Esse é um campo ainda incipiente em pesquisas e desenvolvimento artístico e social. Contudo, a pandemia de Covid-19 nos mostrou que devemos nos debruçar neste universo de modo a buscar nosso protagonismo em sua modelagem e design, garantindo justiça e participação social na construção da sociedade que desejamos viver.
Como já vimos em Pierre Lévy, a cibercultura coloca o ser humano diante de um mar de conhecimento, onde é preciso escolher, selecionar e filtrar as informações, para organizá-las em grupos e comunidades onde seja possível trocar ideias, compartilhar interesses e criar uma inteligência coletiva. Segundo o autor: “Em vez de desenvolver máquinas inteligentes [com inteligência artificial], deveríamos usar os computadores para nos tornar mais inteligentes”.
Nesse contexto, a arte pode desempenhar um papel fundamental na promoção do diálogo e do debate em torno de questões contemporâneas. Mediante essas premissas, pretendemos realizar apresentações em robótica artística Z1 e abrir espaços para discussões sobre os impactos da IA na sociedade, na economia, na política e nas interações humanas.
A robótica artística é um campo interdisciplinar que envolve a intersecção entre a robótica, a arte e a tecnologia. Ela se propõe a explorar e expandir os conceitos de arte e robótica, considerando os robôs como produções de agentes criativos e não apenas como ferramentas. A robótica artística tem sua gênese na arte cinética, com as primeiras obras robóticas surgindo nos anos 1960. A arte robótica pode envolver a criação de agentes mecatrônicos em três dimensões com movimento, mas também pode abranger outras formas de interação entre robôs e arte, como a hibridização entre o carbono e o silício, o orgânico e o eletrônico, ou o controle remoto.
A arte robótica está presente em diversos campos, desde as artes plásticas à indústria, do entretenimento à inteligência artificial. A arte robótica também pode ser utilizada em sala de aula como uma ferramenta para experimentação artística, ampliando os caminhos para estudos e experimentações.
A robótica artística pode envolver a interação homem-máquina, com pessoas e máquinas como agentes de um sistema complexo, capazes de produzir resultados artísticos únicos em cada encontro. A robótica artística configura-se como um campo em constante evolução e expansão, que busca explorar e transcender as fronteiras entre a arte, a robótica e a tecnologia, criando experiências e obras únicas e inovadoras.
Atividades, exposições e instalações interativas inspiradas em IA podem ser plataformas para compartilhar diferentes perspectivas e estimular conversas construtivas entre artistas, especialistas em IA e o público em geral. (Texto desenvolvido com Z1 – Zequinha).